quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Dica: Café Filosófico
Literatura se faz com a palavra, mas explora o silêncio da palavra, escreve Eleonora Frenkel sobre o pensamento de Maurice Blanchot. Na próxima edição do Café Philo do dia 19 de setembro, a professora de Literatura da UFSC falará sobre “Maurice Blanchot e o silêncio da palavra”, no auditório da Fundação Cultural Badesc, das 19h às 21h.
A pesquisadora vai abordar o esvaziamento do ser pela sua ausência na palavra a partir da obra de Blanchot A literatura e o direito à morte (1949). No sentido em que a palavra nomeia algo que já não está, literatura é morte. Provocada pelas reflexões do filósofo francês, Eleonora propõe uma discussão sobre a qualidade e a intensidade desse silêncio na literatura moderna, cujo desafio é justamento ocupar-se do esvaziamento da linguagem. “Dirá Maurice Blanchot que a literatura tende para o silêncio, ela se move em direção e para além de seus limites”, diz a pesquisadora.
O Café Philo é um projeto de extensão coordenado pelo professor de Literatura e Linguística Pedro de Souza, do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, em parceria com Secretaria de Cultura da UFSC (SeCult) e Aliança Francesa. São encontros de debates mensais com um café oferecido pela SeCult, sempre quarta-feira, que procuram o diferencial de promover o diálogo informal sobre grandes pensadores franceses com um público mais amplo. A idéia é permitir que os participantes se aproximem da filosofia e conheçam diferentes intelectuais clássicos ou contemporâneos sob o intermédio de um pesquisador brasileiro da atualidade.
O filósofo:
O escritor e ensaísta francês Maurice Blanchot nasceu em 22 de Dezembro de 1907, no interior da França. Era filho de uma rica família católica. Estudou literatura alemã e filosofia. Blanchot era um escritor exigente, que construiu uma obra difícil e sem concessões. Seus livros influenciaram várias gerações de escritores e filósofos, como Michel Foucault e Jacques Derrida. Morto em 20 de Fevereiro de 2003, aos 95 anos. Blanchot, publicou: O livro por vir , 193 (1984); Philippe Lejeune, Le pacte autobiographique, Poétique, 146 (1983) ; Roland Barthes, Roland Barthes, 152 (1977); Bernard-Henri Lévy, Les derniers jours de Baudelaire (1988); Michel Beaujour, Miroirs d’encre (1980); Fernando Pessoa, O livro do desassossego (2002).
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