Hubert Duprat partiu de uma investigação essencialmente científica mas entrou no campo das artes. Duprat cria larvas tricópteras que constroem seu casulo a partir de insumos de seu habitat, normalmente pedrinhas encontradas em rios e outras miudezas.
Mas ao invés de mantê-las em seu ambiente natural, Duprat as cria em aquários com pepitas de ouro e outras pedras preciosas - criando assim jóias efêmeras, sem original, sem matriz. O artista detém algum controle quanto à matéria utilizada mas não possui controle quanto à disposição delas. O resultado é super interessante mas parece que um dos principais valores está no pensamento e no processo, que problematiza a autoria e efemeridade entre outras questões, tão contemporâneas.
No google há várias imagens por onde é possível ver amostras desses casulos/jóias. No google acadêmico há alguns artigos com diferentes reflexões teóricas e conexões, inclusive da professora Luciane Garcez que foi quem trouxe essa referência em uma aula de Teoria e História da Arte. Um trabalho realmente rico em todos os sentidos em com inúmeros possibilidades de abordagem.


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